Mulheres com Síndrome de Turner precisam de terapia de reposição hormonal, na qual as progesteronas podem influenciar o peso, aumentando o risco cardiovascular e complicações metabólicas que já estão associados a síndrome. Procuramos analisar peso e perfil metabólico em um grupo de 111 mulheres com Síndrome de Turner.
Elas começaram recebendo estrógeno aos 15,8 anos (em média) sem alteração da glicemia, pressão ou colesterol mas tiveram tendência a aumento do sobrepeso. Como primeira progesterona, a maioria recebeu 10 dias por mês de levonorgestrel ou medroxiprogesterona, que depois foram trocados por progesterona micronizada, que se tornou o mais utilizado. Encontramos que nenhuma dessas progesteronas alterou o perfil metabólico exceto que houve ganho de peso. Houve aumento de IMC para todas as progesteronas usadas mas o levonorgestrel promoveu menor ganho de peso.
Em conclusão, doenças metabólicas são prevalentes na Síndrome de Turner mesmo antes do uso da reposição hormonal e o levonorgestrel teve melhor performance no menor de ganho de peso do que medroxiprogesterona e progesterona micronizada em nosso grupo de mulheres com Síndrome de Turner.
Referência:
Mathez, ALG; Monteagudo, PT; Verreschi, ITN; Dias-da-Silva, MR. Levonorgestrel correlates with less weight gain than other progestins durring hormonal replacement therapy in Turner Syndrome patients. Sci Rep. 2020 May 19;10(1):8298. Doi: 10.1038/s41598-020-64992-4.
www.nature.com/articles/s41598-020-64992-4
Créditos do post: Grupo de Pós-graduação Desenvolvimento Gonadal Unifesp
Artigo na íntegra: https://go.nature.com/3eyFYag