Nos últimos anos o entendimento sobre diabetes tipo 2 progrediu muito, permitindo novas abordagens sobre essa doença. E também o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos.
Mas, antes de falarmos sobre diabetes tipo 2 vale explicar que o diabetes ocorre quando a capacidade do organismo de produzir ou responder ao hormônio insulina é prejudicada, levando a níveis elevados de glicose no sangue. O Diabetes tipo 1 geralmente começa na infância e é devido à perda permanente das células beta no pâncreas que produzem insulina. A diabetes tipo 2 geralmente se desenvolve mais tarde e o risco de uma pessoa se tornar diabética depende da combinação de fatores genéticos e de estilo de vida (como dieta e exercício).
Recentes e reveladoras pesquisas apontam que o diabetes é consequência de várias alterações no organismo, que incluem desde alterações diretas no pâncreas até alterações renais. Hoje entendemos que há 8 mecanismos envolvidos na gênese do diabetes tipo 2:
- células beta do pâncreas: produzindo menos insulina;
- células alfa do pâncreas: produzindo mais glucagon;
- fígado: produção aumentada de glicose;
- músculo esquelético: absorvendo menos glicose;
- cérebro: alteração de neurotransmissores;
- tecido adiposo: maior quebra de gordura;
- intestino: produzindo menos incretinas;
- rim: reabsorvendo mais glicose.
Cada paciente apresenta um combinado diferente, com maior ou menor contribuição, de cada um desses mecanismos.
Da mesma forma que progredimos em entender mais sobre o diabetes, as opções de tratamento também evoluíram, sendo que cada medicamento atua sobre um ou mais dos oito mecanismos citados. Assim conforme o médico avalia o paciente, ele pode escolher se são necessários uma ou mais medicações para o diabetes e qual a melhor combinação delas.
Alguns pacientes me perguntam se a metformina ainda deve ser usada ou se está desatualizada. Apesar de ser um dos tratamentos orais mais antigos para diabetes, continua sendo uma medicação muito válida no tratamento e não deve ser suspendida sem orientação médica.
O endocrinologista é o médico especialista em diabetes e é quem melhor sabe qual a combinação ideal de tratamento para o seu caso.
Precisa saber se seu tratamento está adequado? Não deixe para depois! Estou a sua disposição para isso!
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