Queixa de redução do desejo sexual é muito comum entre mulheres, principalmente a partir da perimenopausa, que é o período que antecede a menopausa.
Qualquer dos critérios abaixo, com duração maior de seis meses sugere o diagnóstico de TDSH:
1) Desmotivação para atividade sexual – seja redução ou ausência de desejo espontâneo ou responsivo a estímulos
2) Perda do desejo de iniciar ou participar da atividade sexual, tendo respostas comportamentais para evitar situações que levem a relação sexual (excluem-se, aqui, os casos em que haja algum distúrbio de dor na relação)
Além disso, esses sintomas vêm combinados a um sofrimento pessoal, seja por frustração, tristeza, preocupação, culpa ou sensação de incompetência.
Existem muitas causas não hormonais para redução do desejo sexual: medicações de ação neurológica, doenças crônicas da própria mulher ou do parceiro, cansaço/stress, uso de álcool e drogas, ansiedade, depressão, transtornos de personalidade, dor na relação sexual, problemas sexuais do parceiro (disfunção erétil, ejaculação precoce ou retardada), dificuldades no relacionamento por conflitos não solucionados, mudanças corporais que reduzem atração pelo parceiro, estimulação física inadequada ou redução dos rituais de sedução.
Sabe-se ainda que ausência de educação ou permissão sexual ao longo do desenvolvimento, trauma sexual, privação emocional na infância/adolescência, fatores culturais ou religiosos, ambiente sem privacidade, conforto ou segurança também podem reduzir o desejo sexual.
Ou seja, não é toda redução de libido ou dificuldade em atingir uma relação sexual emocionalmente efetiva que pode ser chamada de TDSH e exatamente por isso, nem sempre o tratamento é hormonal. Inclusive, vale lembrar que o exame de testosterona, em mulheres, serve para avaliar se há excesso e não falta de testosterona!
Os fatores biológicos precisam ser tratados, medicações reavaliadas e em alguns casos, o uso de testosterona pode trazer melhora. Mesmo quando há problemas orgânicos que justifiquem a redução da libido, eles podem levar a alterações emocionais e, por isso, o tratamento conjunto com psicólogo ou psiquiatra é indicado também.
Precisando, fico à disposição para avaliação!
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